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hoje ainda sim, mas um dia não mais.

  • Foto do escritor: gabriele arruda
    gabriele arruda
  • 22 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

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hoje ainda sinto a sensibilidade de perceber o dia se esvair no pôr do sol.

ainda observo a vida escorregar pelos meus dedos feito areia, e ecoar pelo vento junto às nuvens - em breve dissipadas.

hoje ainda me despeço de cada dia na incerteza do amanhã.

mas um dia não mais.


um dia não mais sentirei a melancolia de um fim de tarde,

e nem o leve nervosismo que toca minha pele ao pensar no amanhã.

não mais provarei da hora que nada é.

não mais Te encontrarei como consolo na incerteza do que me virá daqui a pouco.

um dia não mais!


mas hoje ainda sim.

hoje ainda sinto a saudade de algo que não conheço,

e sinto a dor da distância do que ainda não alcancei.

e o fim de tarde vem pra me lembrar dessas coisas...

da saudade, da brevidade, da distância.

sim, o pôr do sol tem lá a sua melancolia.

mas um dia não mais.


um dia não mais provarei dessa tristeza,

pois viverei no Dia que será para sempre.

Te encontrarei como a luz que preenche meu ser e meu Lar,

e que brilha eternamente.

que não dissipa às seis da tarde.

que não se esvai ao chegar da noite.

um dia não mais sentirei a melancolia de nenhum fim de tarde.


mas hoje ainda sim.

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